Agrotóxicos são produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e
mesmo no ambiente doméstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos; além de
solventes, tintas, lubrificantes, produtos para limpeza e desinfecção de estábulos, etc. Existem cerca de 15.000 formulações para 400 agrotóxicos diferentes, sendo que cerca de 8.000 formulações encontram-se licenciadas no País. (O Brasil é um dos 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo !). O agricultor brasileiro ainda chama o agrotóxico de remédio das plantas e não conhece o perigo que ele representa para a sua saúde e o meio ambiente. Uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS, em 12 países da América Latina e Caribe, mostrou que o envenenamento por produtos químicos, principalmente o chumbo e os pesticidas, representam 15% de todas as doenças profissionais notificadas. O índice de 15% (mostrado acima) parece pouco, entretanto, a Organização Mundial de Saúde - OMS afirma que apenas 1/6 dos acidentes são oficialmente registrados e que 70% dos casos de intoxicação ocorrem em países do 3o. mundo, sendo que os inseticidas organofosforados são os responsáveis por 70% das intoxicações agudas. O manuseio inadequado de agrotóxicos é assim, um dos principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A ação das substâncias químicas no organismo humano, pode ser lenta e demorar anos para se manifestar. O uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e outras doenças. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em consequência da manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Os principais assuntos relativos aos riscos na aplicação de agrotóxicos, dizem respeito a: O Brasil supera em 7 vezes a média mundial de 0,5 kg/hab de veneno. Nossa média, no início dos anos 80, era de 3,8 kg/hab, número esse que ficou maior em 1986, com a injeção temporária de recursos do Plano Cruzado. Então, o consumo saltou de 128.000 t para 166.000 t/ano. O consumo cresceu, de 1964 para 1979, de 421%, enquanto que a produção das 15 principais culturas brasileiras, não ultrapassou o acréscimo de 5%.
ALTERNATIVAS:
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