MAPA MENTAL DA MEDIÇÃO DE VAZÃO EM RIO COM FLUTUADOR

medição de vazão

A medição de vazão é uma prática fundamental, seja para o abastecimento das comunidades como para o planejamento das atividades agropecuárias. O método que vamos apresentar, não é o mais indicado, por ser expedito mas, realizado com critério, fornece uma boa estimativa da descarga dos córregos. Trata-se do uso de um flutuador para estimar a velocidade média do fluxo e da estimativa da área da seção transversal do rio, no ponto em que é feita a medição.

7.1 - Preparo do material
Entre os materiais necessários à medição da vazão em rio com flutuador, os mais importantes são os seguintes:
a) Piquetes. Pelo menos 2 piquetes de madeira, paralelos à margem (como mostrado na foto ao centro do mapa) são necessários, como referência para o ponto de contagem do tempo e da chegada do flutuador, respectivamente. Pode ser usado um terceiro, antes do primeiro, como guia do ponto de lançamento do flutuador na superfície da água.
b) Cronômetro. O cronômetro não precisa ser de precisão; o de um relógio comum também serve, devendo ser acionado quando o flutuador passar pelo 1o. piquete (ou 2o., se houver três) e parar, quando o flutuador chegar na direção do último piquete.
c) Flutuador. O flutuador, como diz o nome, é qualquer objeto que flutue e possa ser acompanhado visualmente da margem e, de preferência que não seja muito leve para não sofrer a influência do vento. Por isso, o ideal é que a garrafa contenha um pouco de líquido para deixar à mostra só o seu gargalo.
d) Trena. A trena servirá para medir a largura do rio, a distância entre piquetes e as distâncias da margem para as sondagens batimétricas (medições das profundidades da calha).

7.2 - Medições
Distância. A extensão do rio que o flutuador deve percorrer (chamada de "e") equivale a cerca de 2 a 3 vezes a largura do rio, naquele trecho. Assim, se o rio tiver, p.ex., 5 m de largura, a distância entre piquetes será de 2 x 5 = 10 m a 3 x 5 = 15 m.

Tempo. O tempo (t) que o flutuador leva para percorrer a distância acima, deve ser a média de 3 repetições, para uma maior precisão na estimativa. Ou seja, deve-se lançar o flutuador e efetuar a medição, pelo menos 3 vezes seguidas.

Seção. A seção transversal do rio (A) deve ser medida com auxílio de uma trena, régua ou cabo graduado e orientado por um cordão ou barbante esticado de margem a margem, dividido em trechos, onde será feita a sondagem. Assim, a cada metro, p.ex., a sonda é colocada verticalmente, da superfície ao fundo; mede-se a profundidade da água e anota-se num papel. Feitas as medições, unem-se os pontos do fundo e tem-se a curva que representa o leito do rio. O polígono formado por essa curva e a linha d´água, é a área da seção transversal.

7.3 - Cálculos
V=e/t. A velocidade (do flutuador ou "V") é o espaço por ele percorrido (distância entre piquetes ou "e"), dividido pelo tempo (t) cronometrado nesse trecho. Admite-se que essa velocidade seja a mesma da correnteza à superfície do rio. Se a distância foi de 10 metros e o tempo 5 segundos, teremos:
V = 10/5 = 2 m/s.

Q = 0,8.A.V. A vazão ou descarga (Q) é o produto da área da seção transversal (A) pela velocidade média do escoamento (V). O coeficiente redutor de 0,8 significa que a velocidade média do fluxo é, em média, 20% inferior do que a apresentada na superfície do espelho d´água. Continuando o exemplo hipotético: se a área da seção mediu 4 metros quadrados, a vazão será:
Q = 0,8 x 4 x 2 = 6,4 m3/s.

7.4 - Escolha da seção
Mais ou menos reta. O ideal é que o flutuador percorra a distância entre piquetes, sempre numa mesma direção, já que as velocidades vão diminuindo, do centro do rio até as suas margens. Essa é a razão para se escolher o trecho mais reto possível.

Sem muita turbulência. Quando a velocidade da corrente é elevada, devido à turbulência, quando os filetes d´água passam por um obstáculo (uma pedra ou um galho de árvore), forma-se uma ondulação na superfície e, mesmo, correntes no sentido contrário ao fluxo. Se o flutuador por acaso passar por uma dessas irregularidades, poderá apresentar uma velocidade que não representa a velocidade média do fluxo do rio.

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