TEIXEIRA, Roberto dos Santos. Hipotireoidismo em cães dermatopatas: aspectos clínico­laboratoriais comparados ao exame histopatológico da pele. 2008. 85 p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária, Ciências Clínicas). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2008.

Este estudo foi realizado no setor de Dermatologia da Clínica Veterinária Animália – Rio de Janeiro – RJ, no período de agosto de 1998 a dezembro de 2005. Do total de cães atendidos na clínica (4107), 19,7% foram encaminhados ao setor, e em 266 destes (6,5%) foi diagnosticado hipotireoidismo. Em todos os cães foram observadas alterações na pele, enquanto que, 35,7% tinham também sintomas clínicos não cutâneos do hipotireoidismo. As dermatopatias mais comuns foram os distúrbios de pelagem (65,8%) e os distúrbios de queratinização (46,6%). Dos sinais clínico-gerais não cutâneos, destacaram-se distúrbios metabólicos (19,6%) e reprodutivos (19,2%). O diagnóstico de hipotireoidismo foi realizado através de dosagens dos hormônios tireoidianos e TSH (18%), pela biópsia e histopatologia de pele (35,3%) e pela associação entre estes métodos (46,7%). Neste último grupo de animais, a histopatologia foi considerada como o método de diagnóstico mais eficaz para o hipotireoidismo (97,6% / 98,2%). Com relação às dosagens hormonais, a eficácia para este diagnóstico foi menos expressiva: T4 Livre (72,7% / 75,8%) e T4 Total (77,8% / 73,9%). Dos animais com hipotireoidismo, 68,5% tinham 1 ou 2 doenças secundárias ou associadas à endocrinopatia, das quais destacam-se os processos imunomediados (45,9%). Dos animais hipotireoideos, 157 foram submetidos ao tratamento, com resposta positiva em 93,6%. As fêmeas (57,9%) foram mais acometidas. Animais com idades entre 1 a 8 anos (81,6%) representaram a faixa etária mais freqüentemente afetadas. Dentre as 43 raças de cães acometidas, foram consideradas predispostas Chow Chow, Shar pei e Cocker Spaniel Inglês.

Palavras chave: Hipotireoidismo, dermatopatas, diagnóstico, cães.