Autor(a):
ARNALDO MONIZ RIBEIRO DA COSTA
Resumo:
Utilizando dados do Censo Agropecuário de 1985, este trabalho teve como objetivo principal determinar a tipologia da agricultura do Estado do Rio de Janeiro, com auxílio da análise fatorial, para identificação de municípios que apresentassem problemas fundiários, quanto à presença de minifúndios, ao baixo nível técnico, bem como à maior incidência de produtores parceiros, arrendatários e ocupantes. Inicialmente, procedeu-se a elaboração e seleção de 37 variáveis com características sociais, funcionais e de produção, segundo o critério da Comissão de Tipologia Agrícola da União Geográfica Internacional - UGI. A aplicação da análise fatorial contou como ferramenta computacional, na geração dos dados, com o pacote SAS para microcomputador. As variáveis originais foram submetidas às operações da PROC UNIVARIATE, fornecendo as estatísticas descritivas básicas para a Análise Exploratória dos Dados. O modelo da análise fatorial teve por finalidade explicar, com um número reduzido de fatores, a estrutura da variação total, definida pelo conjunto das variáveis iniciais. Envolvendo 61 unidades de observação, ou municípios, os seis primeiros fatores explicaram 74,06% da variação total. Obtidos os resultados, esses foram submetidos à análise e discussão. A seguir, selecionaram-se três fatores detentores das primeiras características responsáveis na determinação da tipologia, com a identificação de cinco tipos de agricultura, devidamente hierarquizados. Através de cartograma, foram distribuídos e representados espacialmente, por municípios e regiões de Governo de Estado, os diferentes tipos de agricultura. Enquadram-se no Tipo V (cinco) vinte e cinco municípios, considerados os mais problemáticos quanto às características tratadas. Alcançaram-se, assim, os objetivos do trabalho, indo, inclusive, ao encontro de alguns dispositivos do Estatuto da Terra, quando preconiza a importância de se identificarem áreas problemas, de ordem fundiária, para posteriores estudos de cálculo do módulo rural, visando manter o homem no campo através das redistribuições de terras, de forma mais justa e equânime.