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IMPORTÂNCIAAté o final do século 19, muito pouco se sabia acerca dos mosquitos. No Brasil, o combate à febre amarela e malária, nos anos 30 e 40, contribuiram muito para o maior conhecimento dos mosquitos brasileiros. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, as 3 doenças mais virulentas do mundo são: malária, febre amarela e oncocercose --- todas transmitidas por mosquitos. Em 1987 ocorreram 504.000 casos de Malária no Brasil, 99,5% dos quais na região amazônica.
A Dengue vem assustando os moradores do Rio de Janeiro. Hoje, existem no mundo bem mais de 3.000 (três mil) espécies de mosquitos. A importância dos mosquitos para o agricultor está principalmente, na associação dos mesmos (mosquitos) com a irrigação e a proximidade de rios e lagos. Estudos realizados pela FAO (Organização de Alimentação dos Estados Unidos), constatou uma relação direta da incidência de mosquitos, com o aumento das áreas irrigadas. Isso porque, o método de irrigação mais usado no mundo (em área ocupada) é a inundação. E os mosquitos se reproduzem na água.
Os canais e outras estruturas hidráulicas, usados nos outros métodos de irrigação, também podem servir de criatórios de mosquitos. O mosquito em si, não causa acidente do trabalho (embora teoricamente, um ataque de mosquitos da família dos Simulídeos , borrachudos ou piuns, como no caso das picadas de abelhas, possa provocar acidentes), mas sim doenças relacionadas ao trabalho. Somente as fêmeas se alimentam de sangue (podendo sugar até 3 a 4 vezes o seu peso), pois precisam dele para a postura, mas também sugam sucos vegetais, como os machos. Portanto, só a fêmea pica. Quando picam, injetam um líquido tóxico que é o causador da comichão e das irritações subsequentes.
CICLO DE VIDA
A importância de se conhecer o ciclo de vida dos mosquitos, está naquela
máxima militar: "para se combater o inimigo, precisamos conhecê-lo bem".
1a. fase: POSTURA DOS OVOS: Cada fêmea põe de 250 a 400 ovos (100 a 150 de cada vez, em 4 a 5 posturas consecutivas, espaçadas de 5 a 7 dias). Os ovos podem ficar soltos ou agrupados, formando uma espécie de barquinho flutuante. 2a. fase: NASCIMENTO DAS LARVAS: Os ovos se transformam em larvas depois de 36 horas a uma semana. Nascem larvas sem patas, que se movem na água mediante contrações. Por necessitarem de ar, passam parte do tempo à superfície, respirando por um tubinho. 3a. fase: TRANSFORMAÇÃO EM PUPA: Como todo inseto, para poder crescer, têm que mudar de pele, o que fazem 3 vezes. Na 4a. muda, a larva transforma-se em pupa, que não permanece imóvel como ocorre com a maioria dos insetos. Ao contrário, é muito ativa, pois também precisa ficar perto da superfície da água para respirar. Quando é perturbada, mergulha até o fundo do recipiente ou depósito em que se encontra. A larva se transforma em pupa no prazo de 5 a 7 dias, dependendo da temperatura. 4a. fase: MOSQUITO ADULTO: Depois de alguns dias (em média, 2 dias), abre-se a pupa e dela sai um mosquito adulto, que geralmente só tem 1 a 2 meses de vida. Assim, em algumas espécies, pode haver até 12 gerações num ano. O mosquito adulto procura, sempre, um abrigo para descansar; quer ao sair da pupa, quer após o repasto. Em geral, os mosquitos não voam mais de 1.600 m; via de regra, entre 800 e 1.000 m.
FONTES: "Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil". Consoli, R.
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LIMPEZA DE VALAS E CANAIS | ESVAZIAR RECIPIENTES | EVITAR ÁGUA ACUMULADA |
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O uso de aviões e helicópteros no combate ao mosquito, se
justifica no caso de epidemias ou quando o acesso com equipamento terrestre é difícil ou
impossível: caso de pântanos, florestas, favelas, etc.
Esta técnica teve início durante a II Guerra Mundial e, no
Brasil, somente a partir de 1975, quando do surto de encefalite no litoral paulista, com
excelentes resultados.
Uma aeronave agrícola (como a da foto), devidamente equipada e com pessoal treinado, pode atender milhares de hectares por hora, reduzindo em 24 horas até 98% da população de mosquitos adultos e assim estancando uma epidemia. Esta eficiência e rapidez permite manter a periodicidade nas aplicações dos inseticidas, de modo a atingir a população de insetos adultos, que se encontravam submersos e protegidos nas coleções de água estagnada (formas jovens), quando da aplicação anterior. A altura mínima de aplicação (vôo) sobre as residências (Norma do Ministério da Aeronáutica) é de 300 m.
Embora saibamos que os inseticidas utilizados no controle de mosquitos (Malathion, Abate e outros) são de baixíssima toxidez para o homem, peixes e animais domésticos (pois são usados em ultra-baixo-volume, UBV, cerca de 300 ml/ha ou menos), são mortais para as abelhas. Os apiários comerciais podem/devem ser removidos temporariamente dos locais de aplicação.