esgotos

Soluções Coletivas

As principais soluções coletivas são as seguintes:

Lagoa de Estabilização

lagoa

As lagoas de estabilização são reservatórios escavados no solo, de pouca profundidade e grande área, onde os esgotos brutos sofrem uma autodepuração natural. A sua eficiência é de cerca de 80% e também podem servir à piscicultura, quando bem operadas. É uma boa solução para a zona rural, uma vez que é relativamente barata, fácil de operar, e não exige equipamentos eletromecânicos (em alguns casos, nas lagoas aeradas, apenas um ou mais aeradores de superfície).

Filtro Biológico

filtro biológico

O filtro biológico é um grande tanque cilíndrico, totalmente cheio de brita, sobre o qual é aspergido o esgoto bruto, através de 4 canos perfurados apenas de um lado (para impulsioná-lo pelo princípio do torniquete hidráulico, como aquele usado para regar jardins), na forma de cruz; o esgoto é tratado biologicamente, com uma eficiência da ordem de 85% (considerada baixa).

filtro biológico

O nome de filtro é uma reminiscência histórica, já que as primeiras estações de tratamento de esgotos, na Inglaterra, usavam inicialmente areia para filtrar os esgotos (que logo entupiam). No filtro biológico, portanto, o esgoto não é filtrado; por outro lado, em volta de cada pedra, forma-se uma camada de microrganismos, chamada de zoogléa, que se incumbem de tratar os esgotos. Na zona rural, pode-se também utilizar como substrato o bambu em vez da brita, com a mesma eficiência.

Valo de Oxidação

valo de oxidação

O valo de oxidação é um canal de alvenaria ou concreto, de fundo plano, na forma de um círculo achatado, onde o esgoto bruto circula durante algumas horas, impulsionado por rotores de pás fixas, transversalmente ao fluxo. Sua eficiência é compatível com as E.T.E.´s convencionais, podendo chegar a mais de 95%.

seção transversal

A seção transversal é trapezoidal ou retangular e deve ser dimensionada com critério, de modo a atender-se as recomendações hidráulicas e práticas; por exemplo, a velocidade média do fluxo deve ser superior a 0,3 m/s para que não sedimente o material sólido em suspensão. No seu dimensionamento hidráulico, alguns parâmetros são arbitrados (base menor=b, lâmina d´água=H, bordo livre=f, inclinação das paredes=1/z), enquanto que outros são calculados (área molhada=A, perímetro molhado=P, base maior=B, raio hidráulico=A/P).

rotor

O elemento principal desta E.T.E. é o rotor ou aerador (que pode ser de eixo horizontal, nos valos menores ou de eixo vertical e maior potência, nos maiores). Sua função é movimentar o líquido e introduzir oxigênio do ar para as atividades biológicas. Há poucos modelos, todos originários da escova Kessener (vide foto ao lado). O mais comum é o rotor de gaiola, constituído de 12 barrasa horizontais de aço onde se encontram pás de 5 cm de largura e distanciadas de 5 cm, tendo 0,70 m de diâmetro e operando com imersão de 6 a 25 cm.

Tratamento convencional

O tratamento convencional ou completo dos esgotos domésticos é aquele indicado para as cidades maiores e, além da rede pública de coleta domiciliar, compreende as seguintes etapas: gradeamento, desarenação, sedimentação, aeração e secagem do lodo.

A figura abaixo mostra, esquematicamente, as várias etapas do tratamento dos esgotos domésticos:

E.T.E.


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