saneamento

Poços
Chuva
Rios

Escolha dos Mananciais

Na Zona Rural, mais do que nas cidades, várias são as possibilidades de fontes de abastecimento de água para consumo humano e animal (dessedentação e higiene). A saber:

Água subterrânea

barragem subt0 barragem subt2 barragem subt barragem subt1 poço














A figura acima é o croqui de uma barragem subterrânea.
No semi-árido Nordestino, onde a maioria dos rios é temporário (só apresenta descarga na época das chuvas), se o subsolo é rochoso ou impermeável, e o leito é de aluvião, torna-se viável, na época da seca, a construção de uma barragem subterrânea, dotada de um poço raso. Passadas as chuvas, a água subterrânea se acumula e serve, tanto à irrigação por capilaridade (sub-irrigação) como para consumo da família, durante todo o período de seca. A vantagem é que não há evaporação, pois o lençol freático fica há mais de um metro da superfície.

De acordo com estudos realizados no Plano Diretor do rio Pajeú-PE, uma barragem subterrânea com 125 m de extensão e 2,5 m de altura, captando água num aluvião com 1.425 m e porosidade de 15%, daria um volume d´água de 40.000 m3. Considerando o consumo de 80 l/hab.dia, daria para abastecer 100 famílias de 6 pessoas, durante 1 ano, e ainda sobraria água para irrigar uma área de 70 ha durante 8 meses, considerando a existência de 4 meses chuvosos, com uma taxa de 0,9 l/s.ha e jornada de 12 h/d de irrigação. O custo estimado por barragem era de R$ 50.000 (cinquenta mil reais) em 2001.

Comportamento da água subterrânea em relação aos poços

aquiferos

A figura acima mostra, em função da linha piezométrica ou linha de pressão (linha pontilhada e inclinada), como se comportam os poços cavados pelo homem. Nos 2 poços extremos, a água sobe bem mais do que no do centro (freático), pois, devido à presença da camada impermeável, estão sob pressão hidrostática.

Como canalizar e proteger uma fonte ou "olho d´água"

fonte

A água subterrânea, principalmente a de fonte ou olho d´água, em geral, é de ótima qualidade, embora a vazão ou descarga, na maioria das vezes, não seja suficiente para um abastecimento no volume desejável. A figura abaixo apresenta alguns detalhes da reservação e proteção dessa água, através de um corte no terreno.

proteção de fonte

Como construir um clorador-portátil para poço raso

poço

Se a água provém do lençol freático, como no caso do poço raso, há que prevenir-se da possível infecção com coliformes fecais; para isso, terá que ficar afastado da fossa seca em, pelo menos, 15 a 30 m.

Para evitar a contaminação da água, tome uma garrafa plástica de 1 litro (pode ser aquelas usadas para água sanitária) e faça 2 furos (com 0,6 cm de diâmetro, um de cada lado) a cerca de 10 cm abaixo do gargalo. Preencha-a com uma mistura de 340 gramas de hipoclorito de cálcio e 850 gramas de areia lavada de rio, tampando-a em seguida. Amarre um fio de nylon na tampa e coloque a garrafa no poço, um pouco abaixo da superfície. Trocá-la por outra igual a cada 20 ou 30 dias.

poço profundo

Quando o poço é de pequeno diâmetro (20 a 40 cm) e tem mais de 15 m de profundidade, chama-se poço profundo. Neste caso, a água é elevada através de uma bomba centrífuga submersa e pode ter mais de um rotor. A vazão, em geral, é superior à dos poços rasos e a água é de melhor qualidade. Se a perfuração atingir um manancial subterrâneo sob pressão (poço artesiano), a água pode até jorrar, sem o auxílio de bomba.

Água da Chuva

chuva

A água da chuva, em geral, é de ótima qualidade e pode ser consumida diretamente ou após uma simples cloração. Os telhados das residências são o local ideal para a coleta, por estarem próximos ao ponto de consumo.

cisterna

Mesmo nos locais onde a chuva é geralmente escassa, como no semi-árido Nordestino (cerca de 400 mm/ano), é viável a captação da água da chuva. O Governo atual (2004) tem um plano para a construção de um milhão de cisternas.

açude

O Brasil tem longa tradição na captação da água da chuva para atender a população nordestina, através da prática secular da construção de açudes ou açudagem. Os maiores problemas dessa técnica são: a) a grande perda de água por evaporação (mais de 2m/ano); b) a contínua salinização; e c) o acesso, também, de animais.

barreiro

O barreiro é um mini-açude; tem bem menos água; ocupa menor área; não possui estruturas hidráulicas (barragem, comportas, vertedouros, etc.) como nos grandes açudes mas, em compensação, serve apenas a um domicílio.

cacimba

A cacimba é menor ainda que o barreiro e, normalmente, é uma pequena depressão nas rochas cristalinas; porisso, apresentam melhor qualidade da água.

cacimba tipo poço

Alguns também chamam de cacimba pequenos poços escavados no solo (em geral, no leito seco de um rio) para a retirada de água do lençol freático. Contudo, neste caso, a captação é de água subterrânea e não da chuva.

Água de superfície

rio

Um dos mananciais mais utilizados na zona rural brasileira, depois dos poços rasos, é a água de superfície ou, simplesmente, a água dos rios e córregos. A razão principal é grandeza da descarga (em geral maior do que nos poços ou nas fontes) e a localização (às vezes) próxima da residência.

barragem

Quando a vazão do rio, em especial na época seca, não é suficiente para abastecer a agrovila, ou cidade, usa-se o recurso do reservatório de acumulação ou barragem, que pode ser de terra ou concreto, como a da foto.

Água salobra ou do mar

osmose reversa

A água do mar é uma fonte praticamente inesgotável de água potável, desde que devidamente dessalinizada através da evaporação ou membranas filtrantes, graças à osmose reversa. Essa técnica também pode ser usada nos poços profundos com água salobra (como no interior do Nordeste) e, embora cara, resolve o problema do sal e da cor.



voltar Voltar para Água prosseguir